quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lâmpadas e Jilós



Existe uma frase que me amedronta. Alias, o medo vêm quando tenho que respondê-la.

- Você tem certeza? (ou em sua forma coloquial:- Com certeza?)

Esses dias fui surpreendida com esse questionamento pelo "moço" dos serviços gerais que foi trocar a lâmpada de uma das salas do meu setor de trabalho. Ele queria saber quando haviam sido trocadas e por qual equipe. Eu, que era a mais antiga funcionária no momento, tive que responder. Chutei um vago: - há uns 8 meses... pelos caras de uniforme azul. ( Ufa, resposta na hora, com cara de quem sabia o que estava falando.)
Aí ele me veio com A PERGUNTA: -Com certeza?
E eu, que nunca confiei muito me minha memória e prezo pela minha integridade, fui honesta e disse: NÃO.
( O cara me olhou com uma cara de "como assim?"... me senti a pessoa mais desinformada sobre lâmpadas e cores de uniformes...)

Mas pára tudo! Que raio de pergunta foi essa? Que diferença minha resposta faria?
Aí é que tá...
Com certeza faria algum sentido pra ele. E eis aí a questão.
Certezas influem em tudo que somos e fazemos. A abstração não deve ser uma válvula de escape.
Se não tiramos um tempo na vida pra pensar sobre nossas certezas, se existem, se fazem sentido, enfim, se são ou não palpáveis, a vida fica meio sem rumo...
Certezas são, sim, necessárias.

Como assim? Eu preciso de certezas o tempo todo?

Talvez não. Mas tê-las, em algum momento da vida, pode definir nosso futuro. Portanto elas devem vir a tona. Precisamos dar atenção a elas.

Bem, só pra terminar, uma metáforazinha:
Eu tinha CERTEZA de uma coisa: - Não gosto de Jiló.
Num belo dia, em um horário de almoço, eu ainda no serviço, rumava para a lanchonete ( salgado+ refresco= consigo esperar mais duas horas até chegar em casa).
Nos corredores do prédio onde trabalho, encontro com Leila (uma de minhas chefes). Ela me oferece um embrulho, tipo marmitex, e diz que lá está uma "delícia servida no restaurante onde havia almoçado". Ela não se conteve e pediu ao garçon pra embalar uma porção para compartilhar a tal delicia com outras pessoas. Diante de tamanha consideração e entusiasmo, não cedi aos meus impulsos de agradecer gentilmente e seguir rumo á lanchonete. Comi. Gostei.
E...pasmem... era jiló. Jiló á milanesa.
Não me tornei amante de jiló. Mas num momento de tolerãncia agente aprende muita coisa. E experimenta muitas novidades!!

Certezas, vêm e vão... no decorrer dos dias.

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